Porque as minhas palavras são apenas um delírio privado.
Eu me calo.
E no meu silêncio continente continuarei me ouvindo por dentro.
Como a catedral que absorve as ordens do maestro.
A minha orelha intestina é o barómetro da consciência critica.
Porque as palavras dos outros são um delírio colectivo.
Eu me alterno.
E na minha benevolência atinente abro o alerta externo.
Como a cacofonia que vive no paço do rei ou na escadaria da república.
Os meus altifalantes são os moderadores da discórdia.
Eu construo o meu próprio caminho usando as medidas e os materiais que obedeçam à sensibilidade dos meus pés.
Porque eu mereço um caminho aberto bordado por flores independentes e hinos autónomos.
(TA) Theófilo de Amarante
segunda-feira, 26 de março de 2012
0
Arquitectónica palavrista
autor(a): fernando oliveira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Seja o primeiro a comentar:
Postar um comentário