sexta-feira, 30 de março de 2012

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A MANDONA - soneto de Adelina Velho da Palma

A MANDONA

Atira ordens com voz esganiçada
ao marido, aos filhos e aos pais,
a todos trata como uns animais
sendo ela a domadora diplomada…

É muito hábil a esgrimir a espada
para obter favores especiais,
mas como não tem princípios morais
nem agradece a quem lhe lava a escada…

Gosta imenso de alardear os dotes
de escolha e disposição de potes
com que a mãe natureza a obsequiou…

Mas vítima de suprema ironia,
tanto estrebucha que erra a pontaria
e morre da bala que disparou!...

Adelina Velho da Palma

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