segunda-feira, 26 de março de 2012

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para desdobrar um poema - sonia regina


















olho as imagens que rodam à minha volta 
e desobrigo a palavra, em ato intemporal. 
numa poética desejosa de sentidos, 
alongo a visão do poema 

dialogam, a humanidade e a alegoria;  

o profano e o sacro despertam.
não se vê aprendizados,
nada legitima conceitos fechados

no devaneio fundem-se possibilidades
para o sonho imprescindível à vida,
da dor e da solidão nascem verdades.

libertam-se os desertos, no poético;
no estado da arte, a consciência.


sonia regina

Imagem: Vivek Wagle, Lonely Planet

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