Tinha o hábito de passar a vida a
limpo, contabilizar ganhos e perdas, estava sempre em déficit. Não era justo! Não
era justo! Experimentava essa idéia como se provam vestidos e se olha no
espelho: “Fica-me bem? Combina?” E achava que muitas coisas não batiam com a
vida que levava. “ Onde estava a casa linda dos seus sonhos?” “Quando poderia
entrar numa loja de “griffe” e comprar um lindo vestido? Sem remorso!” Ou
viajar... Essa sua vida não era com certeza a sua “lenda pessoal” na linguagem
dos magos, o seu destino, liberta de problemas domésticos, financeiros,
conjugais, filiais, trabalhistas, etc e etc”
E a vida continuava. Novos dias,
velhas rotinas, a trabalheira de sempre. Ela estava com 50 anos. Já não se
sentia tão poderosa, capaz de mudanças, de concretizar velhos sonhos, por isso
o “stress”, a angústia, o marasmo...
E então aconteceu com ela. Sempre
acontece com todos, mais cedo ou mais tarde: as doenças... Adeus prazeres, aventuras, “caiu na real”,
deparou-se com a certeza de que a vida tem vida própria, segue um rumo
imprevisto, o destino se apropriou do seu andar.
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