Quando era menino jogava cubos de gelo ao sol somente para vê-los
derreter...
E via a água aflorar lentamente da superfície dura e escorrer para oderreter...
chão à guisa de sangue perdido em grave hemorragia...
Sem direito à transfusão, eu os via se acabarem agonizantes,
daquele pequeno ato de crueldade ignorantes.
Agora, adulto, falta-me o verso, mas não o sentimento...
Pois sei que vida afora, em cada instante,
Ainda quantos cubos jogamos ao relento!
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