Primeiro foi o vinho. Depois a cerveja. O cansaço é o ingrediente necessário. O dedo em riste. Que te provoca. És capaz? Claro que não. Claro. Não. O não é mais claro que qualquer coisa. E o álcool é libidinoso. O álcool é insuflador de anormalidades. Te faz achar. Te faz encontrar possibilidades além. Além do horário, além das forças... além do olhar reprovador da esposa ou da esperança infantil da filha. Não há lençóis macios, nem cama esperando... há a bolha de sabão enorme... corpo enorme... sem órgãos... arrastando sensações... I can't control miself.
O que é um limite? O que é a limitação? Um conceito? Uma verdade? E se a verdade for vaga e fugidia? E se não for? Verdade...
E haverá o limite? A linha intransponível? E o que importa? O que importa a grande verdade... se a bolha antes da explosão é bela. E inclusive nesta. A explosão é linda. Espaço de não estar. Estando. Ali. Sendo e não sendo. Corpo que no interstício da possibilidade e da impossibilidade se faz cor e sensação. Ação. Experiência. Bolha. Balão. Vermelho.
Soprar o balão. Produzir a impossibilidade do som. Música. Menor. Arriscar a arte no inusitado mundo infantil. Amalgamar o brincar com o trabalhar, transar minha maturidade ao irreverente desafio do jogo. Jogar com a vida é arriscado. Muito. Mas é incontrolável. Então soprar o balão e a bolha. Produzir mundos. De sons e imagens. Sensação.
O que é um limite?
texto escrito quando assistia o clip de Pascal Comedale com o mesmo título.
1 Comentário
Ôpa Ronie,
Gostei Muito do Texto!
Afinal, "O que é um limite?"
Forte Abraço, Jorge
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