sábado, 5 de maio de 2012

2

O RELENTO DA NOITE - JANDIRA ZANCHI




Curva-se à sina
e ao senão
dos varados
solventes ventos
vorifecerados
lá no ângulo
- dos capatazes –
rebenta a moura corda
do passado danado
danoso doloroso
(ao fundo um céu
de chafarizes)

jasmim ribanceira
lareira de lábios
umedecidos
conchas cavadas
no relento da noite

o assobio de uma estrela espuma na terra
como a vingança do açoite da vida.

2 comentários

Arnoldo Pimentel

Versos que viajam na alma.Parabéns.

Jorge Xerxes

Jandira,

Belo e Inspirado Poema!

Um Beijo, Jorge