quinta-feira, 21 de junho de 2012

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Amanhecer (prosa poética)

Minha cidade adormecida
tem a cor esmaecida
pelas névoas e serenos.
Tons de sépia.
Um som aqui, outro ali,
bem distantes, hesitantes
ecoam surdamente
na escuridão.
A luz dos lampiões
não chega a tocar o chão.
Mostra contornos de ruelas
 e fachadas nas sombras
como filme borrado.
Minha cidade adormecida
num repente cria vida,
cria cor, movimento,
se espreguiça, desperta
e mostra finalmente
sua face descoberta.

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