quinta-feira, 21 de junho de 2012

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A CASA


A casa guarda,
nas paredes
...
mudas, sensatas ouvintes,
contigüidade
de dedos e línguas.

Os cantos têm donos,
quadros,
marcas de pregos,
irregularidades, como rugas,
risos e lágrimas perfilando
histórias.

As portas se movem,
escondem e protegem,
escancaram e entregam,
trancam.

As janelas cantam
dores e tristezas,
contam casos,
mostram coisas,
calam partidas.

O chão observa
passos,
agonias
das esperas.

O teto de refletir
luz,
planos,
ideias.

A casa sabe tudo
de todos.

Ela acolhe.
Ela escolhe.


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