A casa guarda,
nas paredes
... mudas, sensatas ouvintes,
contigüidade
de dedos e línguas.
Os cantos têm donos,
quadros,
marcas de pregos,
irregularidades, como rugas,
risos e lágrimas perfilando
histórias.
As portas se movem,
escondem e protegem,
escancaram e entregam,
trancam.
As janelas cantam
dores e tristezas,
contam casos,
mostram coisas,
calam partidas.
O chão observa
passos,
agonias
das esperas.
O teto de refletir
luz,
planos,
ideias.
A casa sabe tudo
de todos.
Ela acolhe.
Ela escolhe.
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