quinta-feira, 19 de julho de 2012

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Festa na Grécia Antiga


Sempre fui fascinada por Mitologia Grega! Desde a infância, através da genialidade de Monteiro Lobato, viajei pelos mistérios da Grécia Antiga, com suas divindades com características muito mais humanas do que celestiais, mergulhadas em paixões terrenas e contradições tão conhecidas por nós, seres mortais e imperfeitos por natureza.

Pois ontem resolvi tirar aquele livro empoeirado da prateleira e reviver o fascínio que sentia ao conhecer as estórias de Zeus. Ah, o deus supremo dos gregos, amoroso e vingativo ao mesmo tempo, com seu séquito de divindades e sempre oscilando entre o Céu e a Terra!...
Lembrei de Pallas Atena, a deusa da sabedoria, de Hermes, o mensageiro dos deuses, incansável viajante a levar e a trazer notícias, de Afrodite, a deusa do amor...

Tinha também Prometeu, que como o próprio nome já diz, prometeu e levou o fogo aos homens e foi condenado por Zeus a ter seu fígado bicado por uma grande ave, todos os dias... Poseidon, o deus dos mares, Hades, o deus dos mortos, levados pelo barco de Caronte até as profundezas do oceano... De Ícaro, o audacioso homem que sonhou em voar e ingenuamente construiu um par de asas, com cera e penas, derretidas pelos escaldantes raios de Apolo, o deus do sol.

Nesse universo também tinha Héracles ( Hércules, para os romanos), símbolo da força masculina, filho de Zeus com uma mortal, meio deus, meio humano, condenado a 12 trabalhos de bravura. E Eros, com suas flechas certeiras, Dionísio, o deus do Vinho e o “Pai do Carnaval”...

Ah, e não dá para esquecer Narciso, que se apaixonou por si mesmo ao ver sua imagem refletida na água...  As amazonas, temidas guerreiras, as suaves ninfas, as discretas dríades, os espalhafatosos centauros, os assanhados faunos com suas flautas, a assustadora Medusa, com serpentes na cabeça e seu olhar petrificante... e tantos outros...

De repente, comecei a visualizar uma festa bizarra e multicolorida, com todos eles presentes, em uma grande clareira da floresta. Em noite de lua cheia, eram embalados por Dionísio, ao som da Flauta de Pã...

Afrodite chegou exuberante, enquanto Narciso apareceu no esplendor de sua beleza. As amazonas apearam de seus cavalos rapidamente e também foram chegando. O mesmo aconteceu com os centauros, ninfas e dríades... Logo todos estavam ali, dançando sem cansar e rindo sem parar, na fantástica e inusitada festa pagã, que com certeza jamais teria sido esquecida por nenhum dos participantes, se realmente tivesse acontecido...

Sônia Pillon é jornalista e escritora, nascida em Porto Alegre (RS) e radicada em Jaraguá do Sul (SC), Brasil.

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