quarta-feira, 8 de agosto de 2012

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Que tipo de PAI é você?

“Sabeis por que acho na velhice encanto? Porque é velhinho o pai que sei amar, E em cujo peito vou esconder o meu pranto” (Dez/1924 Ziza de Araújo Trein) Como filho, aprendi com meu pai que, quando se fica muito tempo fora de casa, é preciso arrumar uma maneira para passar algum tempo livre com os filhos. Meu pai acredita que os problemas se resolvem apenas vivendo num mundo mágico, que é quando ele tem tempo para acompanhar o filho em suas atividades e brincadeiras. Nesse mundo mágico, o pai não tem medo da sua responsabilidade e, com o passar dos anos, sente-se mais participativo e seguro para ajudá-lo a se tornar responsável, autônomo, autoconfiante e afetivo, com o objetivo de enfrentar o mundo real. . Nas palavras de Pedro Du Bois, “Pai presente... // Lembrança do tempo / Em que estivemos / Juntos // Sua presença / preenche claros medos...” A educação foi um desafio para o meu pai e, cada vez mais, ele buscou construir e desenvolver em mim as singularidades na diversidade, para que eu conseguisse lidar com o mundo em constante transformação. Também, mostrou-me o amor que sentia e, através do diálogo, os desafios do dia a dia, sempre atendendo as minhas necessidades na infância, na adolescência e até hoje, o que faz do nosso lar algo mágico. Segundo Lima Coelho, “Ser Pai // ...É saber utilizar com maestria as ferramentas de precisão, aferindo oportunidade e valores para as lições que o conduzirão na vida...” Assim, a nossa vida – pai e filho – tem se transformado em palco de encenações onde juntos montamos shows para a família e os amigos. Tornamo-nos personagens que interpretam em vida e sonhamos sermos “livros” de aventuras, onde aprendemos o sentido da verdadeira amizade e cumplicidade. como em Miguel Cadaval, “...Nos mais bonitos dos gestos / Quero me parecer contigo / E nos teus braços meu pai / Que encontro meu abrigo / Vou gritar que o mundo ouça / Meu pai meu melhor amigo.” Hoje, ele me perguntou: Que tipo de pai é você? Eu respondi que graças a ele sou do tipo participativo e que mantenho ótimo relacionamento com a minha filha. Mostro que ela tem o direito de realizar os seus sonhos e fazer as suas escolhas, percebendo os diversos sentimentos, de acordo com os contextos que se apresentam. Sempre repito isto, para que ela preserve a originalidade de suas ideias e busque a felicidade. Sinto até hoje viver uma grande aventura. Adoro brincar, aprender e contar histórias, deste mundo que é mágico, para a minha filha. Encontro em Salete Aguiar, “Na cadeira de meu pai estou sentado, / mas filhos não querem colo, / querem asas”

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