despedida
olho para teu retrato
e a despir-me de ti
reflito em teus olhos
tantas outras nudezes
de vezes
dispostas entre soluços
e pernas e braços.
despeço-me do tempo
das horas - compassos -
ajeitando o cabelo
suspirando cigarro
ao tilintar das pedras
no drinque sangue que trago.
cuspo em teu rosto
aperto os seios
são meus, deleites
de outrora nos lábios teus.
já vou, é tarde,
pousas estático sobre a mesa e
vedes meu caminhar tranquilo:
as costas brancas
e um esboço de quadris
no sopro escuro do passado.
é o passo, jogado,
com-passo.
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