fonte: google
é para lá que eu vou quando estou só
perdido em devaneios ternos de menino
é para lá, quando quero inventar melodia.
é qualquer lugar que acalore a alma.
que me deixe distante de sentidos de outrora
e me atire pra longe dos anos todos, todos.
vê: devo ausentar-me de ti esta noite.
não engatilhes a pressa a me procurar:
são momentos em que é melhor estar só.
a solidão é preferível à dor mansa
que as memórias teimam em lançar
ao encontro íntimo de meu corpo.
não quero falar-te de coisas
que não fazem fulgurar os lábios –
sigo observador anônimo do mundo.
eu sei o que trago a pulsar em mim.
são dias tantos de sol e tormentas que hoje
hei de permanecer mais um instante por lá.
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