Chora o rumo desconsolado dos cometas
no pingo d'água reluzente. Imagens mensageiras
de lembranças retidas em certezas. Escuro
interior de passageiros calados em sonos.
Amaldiçoados os destinos de última vez:
em vestes estranhas ao contexto. Preso
ao solo no irrecuperável passo distanciado
dos soldados. Em cordas manietado no segredo
errático dos tambores e animais soturnos.
Percebe o vulto sobre a calçada. Presa
solidificada: solta as amarras e arremete.
Sobre a mesa percebe a gota d'água
refletir o ataque. Escorre o líquido.
Resseca o instante da passagem.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
0
PRESA(S)
autor(a): Pedro Du Bois
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Seja o primeiro a comentar:
Postar um comentário