segunda-feira, 18 de abril de 2016

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ESCREVER

A mão escreve a vida circular
do tempo na exigência de estar
no condicionamento dos cabelos
aos exageros dos dias anteriores
nos ciclos incompletos dos sonhos
destruídos onde somos personagens
repetidos: extrai o senso incomum
dos inoportunos negócios habilitados
nos poderes e do perdão escreve o nada
absoluto dos combates não acontecidos
em finais recuperados dos obituários
dos que se foram: lutamos o sucesso
indiferente de compras e aquisições
pela mão em arenas no papel
ruborizado de verdades em gritos
e nos sinais gráficos dos símbolos
em que a mão descreve os dias.

(Pedro Du Bois, inédito)

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