sábado, 19 de novembro de 2016

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ETERNIDADE

Na pobreza física pensa o passado
                                          pressentido
                                          no  futuro

na eternidade a falta de sentido
contempla o nada no todo
condensado na visão

na passagem retira da pobreza a angústia
de ser consumido em óxidos na aceitação
da entrega indizível pelas palavras

na palavra decodificada em ares
imemoriais de liberações escuta
o que foi dito e se repete.

(Pedro Du Bois, inédito)


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