quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

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sou como uma pálpebra que se fecha

sou como uma pálpebra que se fecha,
como um sonho que não deixou
de sonhar. não sei que gestos irei vestir
de manhã, quando as pestanas,
as ténues sombras que desenham no rosto,
disserem que já é dia:
escuro, luz;
sim, não;
ausência, presença.
as aparências de imobilidade em que hoje dormi.

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